Hoje em dia, uma nova febre tomou conta de muitas pessoas, o uso excessivo de sabonetes anti-bactérias e/ou o uso de alcool gel. Com a onda que tivemos a dois anos atrás do H1N1 isso agravou tais manias e a mídia em geral alerdou demais isso.
Tivemos em 2010 um efeito colateral do excesso de limpeza, somado a uso exagerado de anti-bióticos, sem prescrição, que foi a maior incidência de casos de super-bactérias.
Mas o que Super Bactérias tem a ver com isso, você deve se perguntar, bem nossa pele, nosso ambiente, nosso ar, tudo que nos envolve é cercado de bactérias, que e sua maioria não fazem mal a ninguém e mesmo assim matamos todos os dias e todas as horas mais e mais germes inofensivos. O que acontece é a lei do mais forte, o que sobrevive tem mais espaço, mais recurso, mais ar, mais tudo para se multiplicar, pois antes ele não tinha espaço e recursos (como pele morta por exemplo) .
É comum vermos propagandas dizendo que mata 99% dos germes.. bem saiba que a maioria dos que morrem são aqueles inofensivos, um germe, virús ou bacteria para te fazer mal, precisa ser forte, pois ela precisa entrar no organismo conseguir ser mais forte que a proteção natural e seu sistema imunológico. Logo excesso de limpeza, pode manter em seu ambiente só e somente as bactérias que são danosas a seu organismo.
Além disso muitas bactérias inofensivas ajudam na síntese de vitaminas e no funcionamento do intestino, por exemplo. É claro que os cuidados básicos com higiene são necessários, não estamos sendo contra, mas nada explica essa paranoia de usar tantos produtos que cada vez mais tomam o mercado.
Ainda cito um trecho interessante da matéria da Folha :
“A ideia do que é limpo e do que é sujo é construída socialmente. Na nossa cultura, tudo que não é esterilizado é sujo e causa doença.”
Isso é incentivado, segundo ela, pelo medo coletivo. “As situações de risco são ampliadas pela publicidade, e as pessoas ficam com a ideia de que podem se contaminar a qualquer momento.”
Triclosan
O maior alerta fica por conta do triclosan ou tricarban, que esta presente em muitos sabonetes e bactericidas,e muitos cientistas dizem que eles podem selecionar bactérias resistentes, contribuindo para o surgimento de superbactérias.
Muitos defendem que, germicidas devem ser usados só em situações específicas: em hospitais e na manipulação profissional de alimentos e lixo.
A polêmica vai longe. Semana passada, um grupo da Universidade do Arizona, nos EUA, depois de realizar estudos com os compostos químicos, declarou que não têm eficácia e não se degradam facilmente no ambiente.
Para limpar sujeira, sabão e aguá tem muita eficiência, em alguns casos o uso de álcool é necessário, mas existe um alerta que o excesso de germicidas pode fazer mal… e não acreditem na desculpa que o produto “X” mata só bacterias que fazem mal e preservam a que faz bem… qualquer um com mínimo de estudo sabe que isso não acontece.
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